domingo, 24 de março de 2013

Resenha: Dewey: Um gato entre livros – Vicki Myron e Bret Witter


Dewey: Um gato entre livros – Vicki Myron e Bret Witter
Editora Globo, 2008. Leitura no Kindle.


Titubeei um pouco antes de escrever esta resenha para o blog. Os livros anteriores foram todos muito interessantes e mais do que recomendados; não havia feito ainda nenhuma resenha para “leituras de entretenimento”. Até então. Já aviso de antemão: a leitura desse livro não causará grandes mudanças na forma que você vê o mundo, mas se você gosta de bibliotecas e, mais especificamente, de gatos, vai gostar bastante de conhecer Dewey Readmore Books, o gato da Biblioteca Pública de Spencer, no estado do Iowa, Estados Unidos.

Tinha o desejo de ler esse livro há algum tempo. Em plena onda do filme Marley & Eu – que eu nunca assisti, nem li o livro, nem pretendo, pois não sou uma adoradora de cães, apenas os acho fofos – fui procurar algum livro que tratasse de gatos. Sou fascinada por felinos desde a mais tenra idade e nunca compreendi o porquê de tantas pessoas os detestarem. A independência e o mistério deles são encantadores! Enfim, não recordo quando fiquei sabendo desse livro, apenas sei que desejei lê-lo assim que o descobri, e ainda mais quando soube se tratar de um livro sobre um gato de biblioteca.

A história é contada por Vicki Myron, funcionária da Biblioteca Pública de Spencer há vinte e cinco anos. Em uma das noites mais frias do ano de 1988, ela encontrou um gatinho quase congelado dentro da caixa de devoluções de livros da biblioteca. Após salvar a vida do pobre bichano, Vicki e os demais funcionários da biblioteca decidem adotá-lo. Assim começa a história de Dewey Readmore Books, o gatinho que, com seu temperamento gentil e sua história de sobrevivência, cativou não somente os moradores de Spencer, mas também pessoas de diversas partes do mundo.

É fato: não tem como não se apaixonar por Dewey. Seja pela forma carinhosa com que a autora se refere a ele, seja pelo próprio histórico que é traçado, Dewey se torna parte de sua própria vivência, dialogando com suas memórias de fofuras animais. Você ri, chora, se exaspera e suspira de alívio a cada relato da vida de Dewey na biblioteca.

Há apenas um ponto importante a ressaltar: fica claro que Vicki Myron não é escritora. Na narrativa, ela mistura muitas vezes elementos de sua própria vida e da vida em Spencer aos relatos sobre Dewey e a biblioteca. Por ser uma narrativa em primeira pessoa, isso torna a leitura meio enfadonha em alguns capítulos; fator que pode desanimar os leitores mais impulsivos. Entretanto, aviso que não é um obstáculo intransponível.

Fiz a leitura no meu Kindle. Não tinha o livro físico e aproveitei que já tinha o livro em .pdf mofando em meus arquivos para convertê-lo com o Calibre e lê-lo em meu novo bebê. Foi uma experiência interessante, embora o arquivo convertido tenha ficado com muitos espaços em branco desnecessários – alguém usa o Calibre e sabe como corrigir isso? Se sim, por favor, me avisa nos comentários como proceder. Como era um arquivo “não-oficial” e eu não curto pirataria, assim que pude comprei o livro físico, coisa que farei com todos os livros “clandestinos” que eu ler e gostar muito.

A leitura no Kindle é muito simples e bem gostosa. Como o aparelho é leve, dá pra segurá-lo com uma mão e ler na posição mais confortável pra você. Gosto de aparelhos com botões, então a “falta” do touchscreen não me incomodou em nada. Gosto de simplicidade e de coisas funcionais, logo, o Kindle tem sido um orgulho de aquisição. Decidi compartilhar essa experiência de leitura em e-reader com vocês, pois sei que tem muita gente por aí interessada em adquirir um Kobo ou Kindle (ou Nook ou Alfa Positivo, sei lá) ou apenas curiosa para saber como é a sensação de não ler o “livro físico”. Se não auxiliou em nada, que fique registrado como curiosidade.

A tradução foi feita por Helena Londres e não tenho do que reclamar. A narrativa flui como se tivesse sido escrita em nosso idioma, logo, creio que o trabalho tenha sido bem cuidado – embora não seja uma profissional da tradução, então, levem em conta a opinião de uma amadora aqui, ok?

Como já havia dito, é uma leitura de entretenimento. Se você, como eu, ama gatos e bibliotecas, o livro é um prato cheio. Caso você seja do clube dos indiferentes, quem sabe após a leitura você não tenha uma visão positiva dos felinos?

4 comentários:

  1. Oi, Mi, tudo bem?
    Tive vontade de ler esse livro após ler Marley & Eu... que adorei, gosto bastante de cachorros, mas adoro gatos como adoro todos os animais ;D
    Já se passaram uns bons anos e nada de conseguir ler esse livro, admito que já o havia esquecido, sua resenha veio para me relembrar...
    Vou anotá-lo no caderno de futuras leituras e tratar de lê-lo num futuro breve.
    Também tenho um Kindle e penso o mesmo que você, alguns livros que conseguir por meios ilícitos e gostar muito, em seguida, comprarei a edição física.

    Beigos,
    Maura - Blog da /mauraparvatis.

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    1. Olá, Maura! Obrigada pelo comentário!
      Confesso que peguei certa birra de Marley & Eu, mas quem sabe um dia eu não decido ler?
      Fico feliz em ter te feito lembrar de um título que queria ler e quanto ao Kindle... bom, como eu prefiro o livro impresso, me sinto melhor comprando-o do que comprando o formato digital. O tempo pode me fazer mudar de ideia, mas por enquanto só baixo da Amazon os livros gratuitos x)
      Mil beijos e volte mais vezes!

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  2. Cheguei a essa resenha por que estou lendo o livro agora e como amante de gatos e livros, estou amando a vidinha animada e cheia de amor que esse gatinho teve a sorte de ter desfrutado. Estou gostando até mesmo das partes pessoais da escritora e dos relatos sobre a cidade de Spencer.
    É um livro que recomendo a quem gosta de ouvir um bom e emocionante relato.

    E obrigada pelas dicas sobre o Kindle *ou Kobo* será minha próxima compra.
    Gostei mto do teu blog, parabéns.

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    1. Olá, Ana! Bem vinda!
      O Dewey é apaixonante, não é? Fiquei com vontade de adotar um gatinho enquanto lia esse livro, mas aqui em casa não daria certo, pois a nossa gata é muito possessiva.
      Fico feliz que tenha gostado das dicas sobre o Kindle. Já lançaram o modelo mais bacanudo aqui (o Paperwhite) e até deu vontade de tê-lo, mas o meu singelo Kindle com botões e sem 3G gratuito nem luz noturna me basta. Sou apaixonada por ele exatamente por conta de sua simplicidade <3
      Mil beijos e aguardo mais visitas!

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